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  • Foto do escritorVitória Dutra

Coronavírus: o que a História tem a nos ensinar?

Com certeza você já deve ter escutado falar sobre a Gripe Espanhola, ou gripe de 1918. Trata-se de uma pandemia do vírus influenza que no século XX infectou cerca de um quarto da população mundial. E durante os anos de 1918 e 1919 estima-se que essa pandemia tenha matado 50 a 100 milhões de pessoas no mundo.

Outra doença bastante conhecida é a chamada Peste Bubônica que é causada pela bactéria Yersinia pestis. E que pode ser transmitida pelo contato com pulgas infectadas. Essa infecção matou cerca de 50 milhões de pessoas no século XIV.

Para entendermos a alta mortalidade dessas doenças precisamos saber o contexto em que ocorreram. Podemos destacar que durante o surto da Gripe Espanhola não havia antibióticos disponíveis para tratar de infecções. Outro fator agravante é que o mundo estava passando pela guerra o que criou um cenário propício ao contágio e propagação da doença, já que muitos soldados se encontravam feridos e com saúde fraca. Além disso, a falta de alimentos deixava a população geral debilitada resultando em um cenário perfeito para o vírus. No caso da Peste Bubônica, por conta dos médicos não saberem do que se tratava, não conseguiam combatê-la. E a contaminação por meio de contato com uma pessoa infectada permitia que a doença se espalhasse rapidamente. Entretanto, quando foi descoberta a forma de transmissão da doença, um isolamento social foi aplicado e os médicos usavam uma roupa especial.

Nos nossos dias, há exatos 100 anos da Gripe Espanhola e passados VII séculos após a Peste Bubônica, o mundo  está passando por um período histórico onde enfrenta o novo coronavírus (covid-19), que se trata de uma família de vírus que causam doenças respiratórias e é transmitido através do contato com secreções de uma pessoa contaminada.

Até o momento (dados de 14/05/2020), o vírus não possui uma cura, e já são mais de 4,4 milhões de casos no mundo, com mais de 300 mil mortes. No Brasil temos mais de 200 mil casos confirmados e quase 14 mil mortes. Porém, em relação as pandemia passadas, podemos dizer que estamos a frente, pois sabemos do que se trata e podemos contribuir com a prevenção.

Infelizmente, muitas pessoas resistem colocar em prática as medidas de prevenção. De fato elas trazem um prejuízo às atividades econômicas, mas salvar vidas deve ser o mais importante nesse momento. Não devemos repetir os mesmos erros do passado, e sim aprender com eles. Na crise da Gripe Espanhola também houve movimentos de resistência, como no caso da "Liga Anti-Máscara", que protestava contra as restrições da época. É impressionante a semelhança de alguns erros cometidos naquele contexto, com alguns cometidos hoje (para saber mais sobre a "Liga Anti-Máscara" clique aqui).


A grande diferença dessas pandemias passadas para a atual é que a ciência avançou muito, o que ajuda a ter informação mais precisa e evitar mais mortes. Mesmo assim, como nos outros surtos, medidas simples podem salvar vidas, como respeito ao distanciamento social, o uso do álcool em gel, evitar tocar o rosto, e lavar bem as mãos com água e sabão.

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